18 fevereiro, 2009

és um mero capricho meu. afinal de contas, o que querias que fizesse contigo? que te tomasse como um qualquer pertence meu? que limitasse o teu ser a um ridículo determinante possessivo? a monogamia não é a minha predisposição genética e tu sabe-lo como ninguém.
não suporto este amor formatado, limitado, escasso e, ainda assim, consciente da sua tendência para mais infinito. é contraditória toda esta panóplia de mentiras porque, na verdade, "a amante das tuas noites, não foi feita para os teus dias".

08 fevereiro, 2009

penetraste o meu insondável desprezo, ninguém por perto.
a tua beleza sulfúrica, a tua intelêngia tão artificiada, tudo em ti me despertou um ódio incomensurável. és feita de um narcisismo tal que o teu idolo és tão simplesmente tu, se é que, de facto, conheces outro pronome pessoal que não seja esse mesmo, a maldita segunda pessoa do singular.
és fria e muda como a neve que eu nunca vi. a tua nudez, se tal fosse possível contemplar, cegar-me-ia de repugnância.
mas por favor, agora dissolve-te em amor e deixa-me injectar-te nas veias.